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Autismo no brasil: uma análise detalhada dos dados recentes

IntroduçãoO autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento social e comportamental de um indivíduo.
Por Saúde em dia
13/07/2025 03:43 - Atualizado há 2 horas


Introdução

O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento social e comportamental de um indivíduo. Lida com uma variedade de sintomas e níveis de severidade, o TEA é uma condição complexa e multifacetada que é objeto de discussão e pesquisa contínuas. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do Censo Demográfico de 2022, que pela primeira vez incluiu uma questão específica sobre o diagnóstico de autismo.

Com base nesses dados, estima-se que cerca de 2,4 milhões de pessoas no Brasil foram diagnosticadas com TEA, o que equivale a aproximadamente 1,2% da população total.

Prevalência do Autismo: Gênero e Idade

Os dados divulgados pelo IBGE revelam que a prevalência do autismo é mais alta entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%). Esse dado é especialmente notável entre meninos de 5 a 9 anos de idade, onde a taxa de diagnóstico de autismo é de 3,8%, um número que está alinhado com as estatísticas reportadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

Entre as meninas da mesma faixa etária, a taxa de diagnóstico é de 1,3%. Este número mais baixo levantou discussões sobre a possibilidade de subnotificação de casos de autismo em meninas, que muitas vezes apresentam sintomas mais sutis ou recebem um diagnóstico tardio em comparação com os meninos.

Desafios no Diagnóstico de Meninas

O diagnóstico de autismo em meninas pode ser mais desafiador devido à apresentação diferente dos sintomas. Muitas vezes, as meninas com autismo podem mascarar ou camuflar seus sintomas para se adaptar às expectativas sociais, o que pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento. Além disso, os critérios de diagnóstico atuais foram desenvolvidos com base na apresentação do autismo em meninos, o que pode levar a uma subestimação da prevalência do autismo em meninas. Cabe aos profissionais de saúde e pesquisadores buscar maneiras de melhorar o diagnóstico e o tratamento para meninas com autismo.

Acesso à Educação e Escolarização

Os dados do censo também fornecem informações valiosas sobre a escolarização de indivíduos autistas. Aproximadamente 36,9% dos indivíduos diagnosticados com autismo estão matriculados em instituições educacionais, em comparação com 24,3% da população geral. Esta discrepância pode ser atribuída à concentração de diagnósticos entre crianças e adolescentes, uma faixa etária em que a frequência escolar é esperada.

Por exemplo, no ensino fundamental, há 508 mil alunos com TEA matriculados, o que representa 66,8% das crianças diagnosticadas no país. No ensino médio, há 93,6 mil adolescentes autistas, destacando a necessidade de estratégias educacionais inclusivas para apoiar esses estudantes durante fases de maior complexidade cognitiva e social.

Distribuição Geográfica e Social do Autismo

O levantamento do IBGE mostra que a prevalência do autismo é semelhante em todas as regiões brasileiras, com uma média de 1,2%. A única exceção é a região Centro-Oeste, onde a prevalência é ligeiramente menor, com 1,1%. Os estados com maior número absoluto de autistas são os mais populosos: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Quando analisamos a prevalência do autismo por etnia, os dados indicam uma maior prevalência entre os indivíduos brancos (1,3%), seguidos por pardos (1,1%) e pretos (1,1%). Embora as percentagens sejam próximas, o número absoluto de pessoas autistas pardas (1 milhão) é maior do que o número de pessoas pretas (222 mil).

O Papel da Ciência e da Sociedade

Com o aumento da visibilidade do autismo, surgem também várias iniciativas importantes para promover a informação e a pesquisa sobre o espectro autista. Uma dessas iniciativas é o RG-TEA, um grupo que reúne especialistas em autismo, pessoas autistas, familiares e estudiosos do tema. O objetivo deste grupo é promover a produção científica, divulgar informações confiáveis e aproximar o público dos canais oficiais de informação e apoio.

Grupos como o RG-TEA desempenham um papel crucial na construção de uma cultura mais inclusiva e atualizada, e estão em sintonia com as necessidades reais daqueles que vivem com o transtorno. Embora o Brasil esteja apenas começando a reunir dados mais precisos sobre o autismo, a inclusão da questão do autismo no Censo é um passo significativo para o monitoramento dessa população.

Em resumo, os dados recentes sobre o autismo no Brasil oferecem uma visão valiosa da prevalência e distribuição do TEA no país. Ao entender melhor essas tendências, podemos desenvolver estratégias mais eficazes para apoiar indivíduos autistas e suas famílias, melhorando a qualidade de vida e promovendo a inclusão.

Baseado em informações de fontes jornalísticas sobre autismo.


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24 comentários

Maria Souza

Sou de Ashburn e adquiri o eBook semana passada. Depois que vi o conteúdo, percebi que precisava do pacote completo. Simplesmente incrível!

Responder · Curtir · 2h
Ana Júlia

Também sou de Ashburn! Baixei o eBook ontem e chorei lendo. Que conteúdo sensível. Já comprei o pacote completo hoje cedo!

Responder · Curtir · 1h
Paula C.

Sou pai de uma criança autista e nunca encontrei algo tão direto, prático e respeitoso. Parabéns a todos por esse material!

Responder · Curtir · 3h
Luan Carvalho

Baixei o eBook por curiosidade, mas me emocionei lendo. Depois de ver o pacote completo, me inscrevi na hora. Uma luz no fim do túnel!

Responder · Curtir · 5h
Regis Bastos

Gente, o material é maravilhoso! Simples, direto e cheio de empatia. Coisa rara hoje em dia.

Responder · Curtir · 6h
João Luiz

eu achei que era mais um ebook qualquer mas fui surpreendido, meu filho é não verbal e encontrei dicas que realmente fazem sentido no dia a dia

Responder · Curtir · 7h
Aline Campos

eu baixei meio desconfiada mas me ajudou muito, principalmente na parte de rotina visual, era algo q eu nem sabia como fazer

Responder · Curtir · 8h
Cláudia Cristina

eu sou professora de apoio e usei algumas ideias com meus alunos essa semana, deu super certo, eles adoraram

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Rafael Moreira

nem tudo serve pra todos, claro, mas teve muita coisa que abriu minha mente... meu sobrinho tem TEA e vi formas novas de interagir com ele

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Rosângela Alves

tem umas partes bem técnicas, mas no geral é tranquilo de entender sim... gostei da parte sobre alimentação sensorial, isso quase ninguém fala

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Douglas Viana

compartilhei com o pessoal do grupo da escola, vale a pena... parabéns pra quem fez esse conteúdo

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Mônica Silva

também mandei no grupo das mães aqui da região, foi super útil principalmente a parte das crises

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