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Comissão aprova acesso universal a terapias para pessoas com autismo no brasil

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou recentemente um marco legislativo que pode transformar a vida de milhares de famílias brasileiras.
Por Saúde em dia
13/07/2025 19:03 - Atualizado há 2 horas


A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou recentemente um marco legislativo que pode transformar a vida de milhares de famílias brasileiras. O projeto garante à pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) o direito a intervenções terapêuticas baseadas em evidências científicas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme orientação do Ministério da Saúde.

O que foi aprovado pela Comissão?

Durante a reunião da comissão, foi debatido e aprovado um texto substitutivo, elaborado pelo relator deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD‑RR), que amplia o escopo da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA — conhecida como Lei Federal nº 12.764/2012.

A principal novidade da proposta é a inclusão expressa do acesso a terapias comportamentais, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), essenciais no tratamento do autismo.

O que é a terapia ABA e por que é tão importante?

A terapia ABA, amplamente estudada no mundo inteiro, tem papel central no desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação e na diminuição de comportamentos desafiadores. Considerada eficaz por diversas associações internacionais e nacionais, inclusive pela Organização Mundial da Saúde, a ABA foca em:

  • Treino de comportamentos funcionais;
  • Estímulo estruturado de interações sociais;
  • Reforço de habilidades por meio de métodos científicos.

A presença dessa terapia no SUS significa acesso sem barreiras financeiras, democratizando o tratamento para famílias que, muitas vezes, arcam com custos elevados em clínicas privadas.

Mudança na Política Nacional: avanços significativos

O substitutivo de Zé Haroldo Cathedral vai além do tratamento comportamental e incorpora temas centrais como:

  • Reforço do acompanhamento multidisciplinar (psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais etc.);
  • Garantia de diagnósticos precoces para casos clínicos desde a infância;
  • Pontos claros sobre capacitação profissional e estruturação de serviços regionais especializados;
  • Inclusão de orientações para familiares e cuidadores;
  • Ações de promoção da consciencialização social para reduzir o preconceito e o estigma.

“O processo tem o intuito de assegurar a eficácia e a segurança dos tratamentos, bem como o custo‑benefício e o impacto orçamentário.”

Essa afirmação do relator destaca o equilíbrio entre a eficiência clínica e a eficiência do gasto público — pilares essenciais de qualquer política de saúde.

Próximos passos para a aprovação definitiva

A proposta agora segue para votação em caráter conclusivo, passando pelas comissões de:

  • Finanças e Tributação;
  • Constituição, Justiça e Cidadania.

Se aprovada nessas etapas, seguirá direto para sanção presidencial, consolidando-se como lei sem necessidade de passar pelo plenário da Câmara ou do Senado.

O impacto prático dessa decisão para famílias e cuidadores

Para pais e responsáveis de pessoas com TEA, essa aprovação representa:

  • Acesso facilitado a tratamentos terapêuticos;
  • Menos transtornos e despesas com deslocamentos e terapias privadas;
  • Fortalecimento da rede pública com profissionais capacitados;
  • Melhoria da qualidade de vida e inclusão social da pessoa com autismo;
  • Redução da desigualdade entre quem pode ou não pagar por tratamentos.

Pressão para garantir financiamento público

Especialistas em saúde pública e organizações de apoio ao TEA já traçam estratégias para assegurar que os governos estaduais e municipais implementem o texto da nova lei.

Além disso, movimentos sociais argumentam que, ao garantir acesso gratuito a terapias de qualidade, o Brasil poderá reduzir despesas futuras com internações psiquiátricas, afastamentos do trabalho dos cuidadores e uso excessivo de medicamentos.

Panorama internacional: inspirando soluções com comprovada eficácia

Em vários países desenvolvidos, a inclusão de terapias baseadas em evidências é regra há anos. Na Austrália, Canadá e Reino Unido, a ABA é amplamente acessível via sistemas públicos de saúde, mostrando resultados clínicos robustos e redução do estigma.

Brasil pode seguir esse modelo

Com pequenos ajustes regionais, o Brasil tem potencial para replicar casos de sucesso já estabelecidos no hemisfério Norte e Austrália. A proposta em análise mantém a flexibilidade para esse alinhamento internacional.

Vozes a favor da medida: depoimentos importantes

Entidades como:

  • Associação Brasileira de Autismo (ABRA);
  • Federação Brasileira de Autismo;
  • Coletivos de pais;
  • Associações de profissionais da saúde mental;

Todas se manifestaram a favor da aprovação. O relator reforçou que o foco é na segurança, regulamentação e inclusão de tratamentos que realmente funcionam.

E se a proposta for barrada nas comissões seguintes?

Se houver veto ou modificação substancial na tramitação pela comissão de Finanças ou de Constituição, a proposta poderá sofrer atrasos ou ser reprovada, o que seria um golpe duro para quem luta por direitos no TEA.

No entanto, com o apoio crescente da sociedade civil e dos parlamentares, as chances de avanço permanecem altas.

Como você pode agir agora?

Participe ativamente:

  • Fale com seu deputado — e compartilhe a notícia;
  • Engaje nas campanhas online e abaixo-assinados;
  • Ajude a divulgar informações claras sobre o projeto.

Movimentos organizados podem fazer a diferença para garantir aprovação rápida e aprovação integral da proposta.

Conclusão: um passo histórico para os direitos das pessoas com autismo

A aprovação da medida representa um marco na defesa dos direitos das pessoas com TEA. Ao garantir acesso a terapias baseadas em evidência, o Brasil avança rumo a uma rede pública de apoio qualificada e eficiente, garantindo dignidade e inclusão.

Se confirmado pelas comissões seguintes, o projeto se tornará lei e deixará um legado que mudará o panorama do autismo no país — beneficiando não só quem tem autismo, mas também toda a sociedade.


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24 comentários

Maria Souza

Sou de Ashburn e adquiri o eBook semana passada. Depois que vi o conteúdo, percebi que precisava do pacote completo. Simplesmente incrível!

Responder · Curtir · 2h
Ana Júlia

Também sou de Ashburn! Baixei o eBook ontem e chorei lendo. Que conteúdo sensível. Já comprei o pacote completo hoje cedo!

Responder · Curtir · 1h
Paula C.

Sou pai de uma criança autista e nunca encontrei algo tão direto, prático e respeitoso. Parabéns a todos por esse material!

Responder · Curtir · 3h
Luan Carvalho

Baixei o eBook por curiosidade, mas me emocionei lendo. Depois de ver o pacote completo, me inscrevi na hora. Uma luz no fim do túnel!

Responder · Curtir · 5h
Regis Bastos

Gente, o material é maravilhoso! Simples, direto e cheio de empatia. Coisa rara hoje em dia.

Responder · Curtir · 6h
João Luiz

eu achei que era mais um ebook qualquer mas fui surpreendido, meu filho é não verbal e encontrei dicas que realmente fazem sentido no dia a dia

Responder · Curtir · 7h
Aline Campos

eu baixei meio desconfiada mas me ajudou muito, principalmente na parte de rotina visual, era algo q eu nem sabia como fazer

Responder · Curtir · 8h
Cláudia Cristina

eu sou professora de apoio e usei algumas ideias com meus alunos essa semana, deu super certo, eles adoraram

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Rafael Moreira

nem tudo serve pra todos, claro, mas teve muita coisa que abriu minha mente... meu sobrinho tem TEA e vi formas novas de interagir com ele

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Rosângela Alves

tem umas partes bem técnicas, mas no geral é tranquilo de entender sim... gostei da parte sobre alimentação sensorial, isso quase ninguém fala

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Douglas Viana

compartilhei com o pessoal do grupo da escola, vale a pena... parabéns pra quem fez esse conteúdo

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Mônica Silva

também mandei no grupo das mães aqui da região, foi super útil principalmente a parte das crises

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