Empoderando Mães de Crianças com Autismo
O projeto ‘Empoderar para Cuidar’ se tornou um ponto de destaque na Expoacre Juruá, um evento realizado na Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH). O projeto visa empoderar e promover a inclusão social de mães de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), proporcionando-lhes novas habilidades e oportunidades de geração de renda.
Como parte da programação especial ‘Inclusive Eu’, voltada para a valorização de idosos e pessoas com deficiência, o projeto foi apresentado ao público na quarta noite da Expoacre Juruá. As mães participantes do projeto, desenvolvido pelo Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), tiveram a oportunidade de demonstrar as habilidades que adquiriram através de um curso de maquiagem oferecido pela iniciativa.
Além de promover a autoestima dessas mulheres, o projeto também oferece uma nova fonte de renda, permitindo que elas cuidem de seus filhos sem ter que sacrificar sua independência financeira.
Um Olhar mais Profundo sobre o Projeto
O ‘Empoderar para Cuidar’ não é apenas um programa de treinamento, mas uma iniciativa que proporciona às mães a chance de redescobrir suas identidades além do papel de cuidadoras. Caroline de Andrade, uma das mães que participou do projeto, é um exemplo vivo do impacto transformador do programa.
A História de Caroline
Caroline é mãe de Carlos Eduardo, um menino de seis anos diagnosticado com autismo aos quatro. Anteriormente professora, ela abandonou a carreira para se dedicar exclusivamente ao filho. No entanto, graças ao projeto, ela encontrou no curso de maquiagem uma maneira de reafirmar sua identidade e alcançar a independência financeira.
Em suas próprias palavras, Caroline afirma: ‘Esse projeto me ajudou a me reencontrar como mulher, como mãe e como pessoa. Eu me via apenas como a mãe do Carlos Eduardo. Hoje eu consigo trabalhar de casa, tenho a chance de ajudar no sustento da família e ainda me cuidar, algo que eu tinha deixado de lado.’
Além das lutas diárias com seu filho, Caroline também compartilhou a experiência do diagnóstico tardio do marido, que também é autista. Ela decidiu se dedicar integralmente à família quando percebeu que, sem uma rede de apoio em Cruzeiro do Sul, seria difícil conciliar trabalho e cuidados necessários.
O Impacto do Diagnóstico Tardio
O marido de Caroline recebeu o diagnóstico de autismo na vida adulta, o que trouxe explicações para muitas situações vividas ao longo dos anos. Embora um diagnóstico tardio possa ser desafiador, também pode proporcionar uma compreensão mais profunda e capacitar as pessoas a lidar melhor com a situação.
‘É difícil passar a vida inteira sem saber o porquê de certas coisas, mas quando o diagnóstico vem, mesmo tarde, a gente aprende a lidar melhor. Assim como meu filho, ele também tem suas limitações, suas estereotipias, faz ruídos. Mas com o apoio da APAA e com as terapias, a gente vai aprendendo a ter dias melhores’, completou Caroline.
A Missão do Cetea e o Papel do Empoderar para Cuidar
O Cetea foi inaugurado em 2024 pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul e é gerenciado pela Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Autismo de Cruzeiro do Sul (APAA/CZS). A instituição atende mais de 500 famílias, oferecendo terapias como fonoaudiologia, fisioterapia, musicoterapia e apoio emocional.
O projeto ‘Empoderar para Cuidar’ foi criado especificamente para atender mães que enfrentam dificuldades para entrar no mercado de trabalho formal devido aos cuidados necessários para seus filhos com TEA. A ideia é oferecer uma alternativa de geração de renda, sem comprometer a rotina de cuidados essenciais para o desenvolvimento das crianças.
Peter Rogers Nogueira dos Santos, coordenador do Cetea e presidente da APAA/CZS, explica: ‘Muitas mães se veem sem opções porque precisam estar disponíveis para atender as necessidades específicas de seus filhos. O projeto permite que elas tenham uma renda extra, elevem sua autoestima e não precisem escolher entre trabalhar ou cuidar de quem amam’.
A Importância da Parceria Pública
A parceria entre o poder público e as organizações da sociedade civil é crucial para a eficácia desses projetos. Bernadete Lucchesi, psicóloga e chefe da Divisão do Departamento da SEASDH, destacou a importância dessa colaboração. ‘O governo abre este espaço para que as organizações possam divulgar seus trabalhos e fortalecer as redes de apoio. Hoje temos aqui a APAA, que desenvolve um trabalho de excelência com as famílias atípicas. Essas mães estão aqui mostrando que também podem cuidar de si mesmas e ter autonomia, o que reflete diretamente no bem-estar de seus filhos’, afirmou.
Conclusão
A presença das mães maquiadoras na Expoacre Juruá simboliza algo muito maior que uma simples demonstração de habilidades. Representa a força da inclusão social como uma ferramenta de transformação de vidas. Com o apoio da SEASDH e de outras organizações, é possível promover uma sociedade mais justa, acolhedora e solidária, onde todos têm a oportunidade de se desenvolver e prosperar.
Baseado em informações de fontes jornalísticas sobre autismo.
24 comentários
Sou de Ashburn e adquiri o eBook semana passada. Depois que vi o conteúdo, percebi que precisava do pacote completo. Simplesmente incrível!
Também sou de Ashburn! Baixei o eBook ontem e chorei lendo. Que conteúdo sensível. Já comprei o pacote completo hoje cedo!
Sou pai de uma criança autista e nunca encontrei algo tão direto, prático e respeitoso. Parabéns a todos por esse material!
Baixei o eBook por curiosidade, mas me emocionei lendo. Depois de ver o pacote completo, me inscrevi na hora. Uma luz no fim do túnel!
Gente, o material é maravilhoso! Simples, direto e cheio de empatia. Coisa rara hoje em dia.
eu achei que era mais um ebook qualquer mas fui surpreendido, meu filho é não verbal e encontrei dicas que realmente fazem sentido no dia a dia
eu baixei meio desconfiada mas me ajudou muito, principalmente na parte de rotina visual, era algo q eu nem sabia como fazer
eu sou professora de apoio e usei algumas ideias com meus alunos essa semana, deu super certo, eles adoraram
nem tudo serve pra todos, claro, mas teve muita coisa que abriu minha mente... meu sobrinho tem TEA e vi formas novas de interagir com ele
tem umas partes bem técnicas, mas no geral é tranquilo de entender sim... gostei da parte sobre alimentação sensorial, isso quase ninguém fala
compartilhei com o pessoal do grupo da escola, vale a pena... parabéns pra quem fez esse conteúdo
também mandei no grupo das mães aqui da região, foi super útil principalmente a parte das crises