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Inteligência artificial potencializa diagnóstico de autismo e tdah

IntroduçãoNa era da tecnologia, a inteligência artificial (IA) está transformando várias áreas da sociedade, desde o setor automotivo até a medicina.
Por Saúde em dia
07/11/2025 07:46 - Atualizado há 2 horas




Introdução

Na era da tecnologia, a inteligência artificial (IA) está transformando várias áreas da sociedade, desde o setor automotivo até a medicina. Uma das aplicações mais promissoras da IA é na área da saúde mental, onde pode ser usada para diagnosticar e tratar condições como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Recentemente, um estudo revolucionário demonstrou que a IA pode diagnosticar TDAH e TEA em crianças e adolescentes em apenas 15 minutos com uma precisão de até 70%. Esta descoberta tem o potencial de transformar a maneira como essas condições são diagnosticadas e tratadas, tornando o processo mais rápido e mais eficiente.

Uma Nova Abordagem para o Diagnóstico de TDAH e TEA

De acordo com o Dr. Jorge V. José, pesquisador responsável pelo estudo, o diagnóstico de TDAH e TEA é um processo que normalmente leva muito tempo. No entanto, com o uso da IA, este processo pode ser significativamente acelerado.

O estudo baseia-se na hipótese de que os movimentos aleatórios de um indivíduo, que são imperceptíveis a olho nu, podem conter informações cognitivas importantes. Os pesquisadores utilizaram sensores de alta definição para capturar esses movimentos, que foram então analisados por um algoritmo de IA.

A IA foi capaz de diferenciar entre indivíduos neurotípicos e aqueles com TDAH ou TEA com base nos padrões de movimento capturados pelos sensores. Além disso, a IA também foi capaz de avaliar a gravidade dos transtornos em cada indivíduo.

Implicações para o Sistema de Saúde

Com as taxas de diagnóstico de TDAH e TEA continuando a aumentar, o sistema de saúde está cada vez mais sob pressão. A introdução dessa nova ferramenta de diagnóstico tem o potencial de aliviar essa pressão, reduzindo significativamente os tempos de espera para uma avaliação psiquiátrica.

Um estudo realizado pelos Centros de Serviços de Medicare e Medicaid em 2023 revelou que 28% dos centros especializados em autismo nos EUA tinham tempos de espera para diagnóstico superiores a sete meses. Em alguns casos, os serviços estavam tão sobrecarregados que pararam de aceitar novos encaminhamentos.

Como a Ferramenta Funciona

O estudo, publicado na revista Nature Scientific Reports, detalhou o processo pelo qual a IA faz o diagnóstico. Os participantes do estudo utilizaram uma luva equipada com sensores e realizaram um conjunto específico de movimentos em frente a uma tela sensível ao toque.

Os sensores capturaram informações sobre o movimento dos participantes, como a aceleração linear e a velocidade angular, que foram então analisadas pelo algoritmo de IA. O algoritmo foi capaz de classificar os participantes com base em um conjunto de variáveis cinemáticas e determinar tanto o diagnóstico quanto a gravidade dos transtornos.

As Limitações do Estudo

Apesar dos resultados promissores, o estudo ainda está em um estágio preliminar e há várias limitações que precisam ser abordadas. Uma dessas limitações é o pequeno tamanho da amostra usada no estudo, que pode ter impactado a precisão dos resultados.

Outra questão é a idade dos participantes. A maioria dos participantes era significativamente mais velha do que a faixa etária típica para o diagnóstico de TDAH e TEA, que é geralmente entre 5 e 12 anos para o TDAH e antes dos 5 anos para o autismo.

Conclusão

Apesar dessas limitações, o estudo apresenta uma nova e emocionante direção para o diagnóstico de TDAH e TEA. Utilizar a IA para agilizar o processo de diagnóstico e determinar a gravidade dos transtornos tem o potencial de transformar a maneira como essas condições são tratadas, levando a melhores resultados para os pacientes.

Ao mesmo tempo, é importante lembrar que a IA é apenas uma ferramenta e não substitui a avaliação clínica e a intervenção humana. É necessário um equilíbrio cuidadoso entre a utilização da tecnologia e a manutenção de um cuidado humano compassivo e individualizado.

Baseado em informações de fontes jornalísticas sobre autismo.


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