Introdução
O autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta aproximadamente uma em cada 68 crianças. No entanto, apesar dos esforços para aumentar a conscientização sobre o autismo e melhorar as estratégias de diagnóstico, muitas pessoas ainda não recebem um diagnóstico até a idade adulta. Isso foi o tema de uma recente discussão no podcast Introvertendo, uma plataforma de conversa criada por autistas adultos para discutir suas experiências vivendo no espectro autista.
O episódio 262, intitulado ‘Nosso Diagnóstico – parte 2’, foi ao ar na sexta-feira, 27 de agosto, e contou com a participação de Bruno Frederico Müller, Gustavo Borges, Izabella Pavetits e Maysa Antunes. Todos os participantes receberam um diagnóstico de autismo na vida adulta, e compartilharam como o acesso tardio à identificação do autismo influenciou suas vidas.
Impacto do Diagnóstico Tardio
De acordo com os participantes do podcast, receber um diagnóstico de autismo na idade adulta pode ser uma experiência complexa e multifacetada. Para alguns, o diagnóstico pode trazer um sentimento de alívio, pois finalmente fornece uma explicação para as diferenças que eles perceberam em si mesmos em relação a outras pessoas. Para outros, o diagnóstico pode ser uma fonte de frustração, pois eles podem se perguntar como suas vidas poderiam ter sido diferentes se tivessem recebido o diagnóstico e o apoio adequado durante a infância.
Por exemplo, Gustavo Borges relatou que recebeu o laudo formal de autismo apenas aos 30 anos. Ele compartilhou as dificuldades que enfrentou ao longo de sua vida e como o diagnóstico tardio influenciou sua jornada pessoal e profissional.
Motivadores para a Busca do Diagnóstico
Muitas vezes, os indivíduos podem começar a suspeitar que são autistas após se depararem com informações sobre o assunto ou ao se identificarem com outras pessoas no espectro. Izabella Pavetits, por exemplo, começou a suspeitar de que era autista ao escutar o podcast Introvertendo. Já Maysa Antunes compartilhou que as dificuldades que enfrentou durante a pandemia a motivaram a buscar ajuda psicológica, o que levou à confirmação de seu diagnóstico.
Desafios na Identificação do Autismo
Outra questão abordada no programa foi o impacto do gênero na identificação do autismo. Muitas vezes, os sintomas do autismo em meninas e mulheres podem ser menos óbvios do que em meninos e homens, o que pode levar a subdiagnósticos. Izabella e Maysa refletiram sobre como as meninas são socialmente incentivadas a se comportar de maneira mais quieta, o que pode ocultar sinais de autismo.
Maysa explicou que sua hiperatividade mascarava outras características do autismo, como estereotipias, fazendo com que ela acreditasse que estava apenas ansiosa. Este é um exemplo comum de como os sintomas do autismo podem ser mal interpretados ou ignorados, especialmente em indivíduos do sexo feminino.
O Processo de Autodescoberta
Bruno Frederico Müller relatou que seu comportamento foi inicialmente descartado por um psiquiatra como arrogância. Anos depois, uma conversa com o pesquisador Lucelmo Lacerda o incentivou a realizar uma avaliação mais aprofundada, levando ao diagnóstico de autismo. Bruno refletiu sobre como o diagnóstico o ajudou a se aceitar e a respeitar suas próprias necessidades e limitações.
A Importância da Conscientização e do Diagnóstico Adequado
As histórias compartilhadas pelos participantes do podcast Introvertendo ressaltam a importância do diagnóstico e do apoio adequados para indivíduos no espectro autista. O acesso tardio ao diagnóstico pode ter um impacto significativo na vida de uma pessoa, afetando sua autoestima, saúde mental e oportunidades de vida.
Da mesma forma, a conscientização sobre as diferenças de gênero no autismo é crucial para garantir que todos os indivíduos no espectro recebam o diagnóstico e o apoio de que precisam. As reflexões de Izabella e Maysa destacam a necessidade de maior conscientização sobre como o autismo pode se manifestar em meninas e mulheres.
Finalmente, o episódio destaca a importância de espaços como o podcast Introvertendo, que fornecem uma plataforma para que os autistas compartilhem suas experiências e se sintam vistos e ouvidos. Esses espaços não apenas ajudam a aumentar a conscientização sobre o autismo, mas também fornecem suporte e validação para aqueles que estão no espectro.
Baseado em informações de fontes jornalísticas sobre autismo.
24 comentários
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Também sou de Ashburn! Baixei o eBook ontem e chorei lendo. Que conteúdo sensível. Já comprei o pacote completo hoje cedo!
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Baixei o eBook por curiosidade, mas me emocionei lendo. Depois de ver o pacote completo, me inscrevi na hora. Uma luz no fim do túnel!
Gente, o material é maravilhoso! Simples, direto e cheio de empatia. Coisa rara hoje em dia.
eu achei que era mais um ebook qualquer mas fui surpreendido, meu filho é não verbal e encontrei dicas que realmente fazem sentido no dia a dia
eu baixei meio desconfiada mas me ajudou muito, principalmente na parte de rotina visual, era algo q eu nem sabia como fazer
eu sou professora de apoio e usei algumas ideias com meus alunos essa semana, deu super certo, eles adoraram
nem tudo serve pra todos, claro, mas teve muita coisa que abriu minha mente... meu sobrinho tem TEA e vi formas novas de interagir com ele
tem umas partes bem técnicas, mas no geral é tranquilo de entender sim... gostei da parte sobre alimentação sensorial, isso quase ninguém fala
compartilhei com o pessoal do grupo da escola, vale a pena... parabéns pra quem fez esse conteúdo
também mandei no grupo das mães aqui da região, foi super útil principalmente a parte das crises