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O ‘masking’ no autismo: como as mulheres autistas podem camuflar seus comportamentos

Introdução ao Autismo e a Tendência Feminina ao 'Masking' O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a maneira como uma pessoa se comunica e interage com o mundo.
Por Saúde em dia
09/07/2025 16:22 - Atualizado há 2 horas


Introdução ao Autismo e a Tendência Feminina ao ‘Masking’

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a maneira como uma pessoa se comunica e interage com o mundo. Enquanto é comumente diagnosticado na infância, muitas vezes em meninos, estudos recentes mostram que um grande número de mulheres autistas pode não ser diagnosticado até a idade adulta. Isso se deve em grande parte à tendência das mulheres em ‘masking’ ou mascaramento – um comportamento em que elas conscientemente ou inconscientemente escondem ou camuflam seus sintomas autistas.

As mulheres autistas, em particular, muitas vezes desenvolvem habilidades de mascaramento incríveis. Elas podem observar e imitar gestos, expressões e comportamentos para parecerem ‘normais’. Isto é especialmente prevalente em situações sociais, onde a pressão para se encaixar pode ser intensa.

O que é ‘Masking’?

O termo ‘masking’ refere-se à tendência de algumas pessoas com autismo de esconder ou minimizar seus sintomas autistas, muitas vezes para se encaixar em situações sociais ou evitar o estigma associado ao autismo. O mascaramento pode envolver o esforço consciente para copiar comportamentos sociais, suprimir comportamentos autistas, ou mesmo desenvolver um ‘personagem’ socialmente aceitável.

Enquanto o mascaramento pode permitir que uma pessoa com autismo navegue com mais sucesso em situações sociais, também pode ser extremamente esgotante e levar à exaustão física e emocional. Além disso, pode ser um obstáculo para obter um diagnóstico preciso de autismo, particularmente em mulheres, que são muitas vezes subdiagnosticadas.

Por que as Mulheres Autistas Mascaram seus Comportamentos?

Uma das principais razões pelas quais as mulheres autistas podem mascarar seus comportamentos é para se encaixarem socialmente. A sociedade muitas vezes tem expectativas rígidas de como as mulheres devem se comportar, e aquelas que não se encaixam nesses padrões podem ser ostracizadas. Como tal, muitas mulheres autistas aprendem desde cedo a mascarar seus comportamentos autistas para evitar serem vistas como diferentes.

A pressão para se encaixar pode ser particularmente intensa durante a adolescência, um período em que a aceitação pelos pares é muitas vezes de suma importância. Durante esse tempo, muitas mulheres autistas podem começar a desenvolver habilidades de mascaramento sofisticadas como uma maneira de navegar nas complexidades das interações sociais.

Implicações do Mascaramento

Enquanto o mascaramento pode permitir que as mulheres autistas se encaixem e evitem o estigma social, também pode ter implicações negativas. O mascaramento é muitas vezes fisicamente e emocionalmente esgotante e pode levar a sentimentos de isolamento e confusão sobre a própria identidade. Além disso, o mascaramento pode dificultar o diagnóstico de autismo, já que muitos dos comportamentos autistas típicos podem não ser óbvios para os profissionais de saúde mental.

De acordo com o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, cerca de 80% das mulheres autistas não são diagnosticadas até os 18 anos. Isso sugere que um grande número de mulheres autistas pode estar vivendo sem o apoio e os recursos de que necessitam.

O Impacto do Mascaramento na Saúde Mental

O mascaramento constante pode ter um impacto significativo na saúde mental de uma pessoa autista. Muitas mulheres autistas relatam sentir-se ansiosas ou deprimidas, e algumas podem desenvolver problemas de saúde mental mais sérios, como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Além disso, o mascaramento constante pode levar a um esgotamento severo, muitas vezes referido como ‘burnout autístico’. Este burnout pode se manifestar como uma perda de habilidades sociais, dificuldade em lidar com as demandas diárias, ou mesmo uma incapacidade de funcionar em situações sociais.

O Reconhecimento e o Suporte ao Mascaramento Autista

Reconhecer e apoiar o mascaramento autista é crucial para melhorar a saúde mental e o bem-estar das mulheres autistas. Isso pode envolver o fornecimento de educação sobre o autismo e o mascaramento, o apoio à autoaceitação e a promoção de ambientes sociais inclusivos e acolhedores.

É importante que as mulheres autistas que estão mascarando seus comportamentos saibam que não estão sozinhas e que há apoio disponível. Além disso, é crucial que os profissionais de saúde mental estejam cientes do mascaramento autista para que possam fornecer o diagnóstico e o tratamento adequados.

Em última análise, enquanto o mascaramento pode ser uma estratégia de sobrevivência para muitas mulheres autistas, também é importante reconhecer e valorizar as características autistas como uma parte valiosa da diversidade humana.

Baseado em informações de fontes jornalísticas sobre autismo.


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24 comentários

Maria Souza

Sou de Ashburn e adquiri o eBook semana passada. Depois que vi o conteúdo, percebi que precisava do pacote completo. Simplesmente incrível!

Responder · Curtir · 2h
Ana Júlia

Também sou de Ashburn! Baixei o eBook ontem e chorei lendo. Que conteúdo sensível. Já comprei o pacote completo hoje cedo!

Responder · Curtir · 1h
Paula C.

Sou pai de uma criança autista e nunca encontrei algo tão direto, prático e respeitoso. Parabéns a todos por esse material!

Responder · Curtir · 3h
Luan Carvalho

Baixei o eBook por curiosidade, mas me emocionei lendo. Depois de ver o pacote completo, me inscrevi na hora. Uma luz no fim do túnel!

Responder · Curtir · 5h
Regis Bastos

Gente, o material é maravilhoso! Simples, direto e cheio de empatia. Coisa rara hoje em dia.

Responder · Curtir · 6h
João Luiz

eu achei que era mais um ebook qualquer mas fui surpreendido, meu filho é não verbal e encontrei dicas que realmente fazem sentido no dia a dia

Responder · Curtir · 7h
Aline Campos

eu baixei meio desconfiada mas me ajudou muito, principalmente na parte de rotina visual, era algo q eu nem sabia como fazer

Responder · Curtir · 8h
Cláudia Cristina

eu sou professora de apoio e usei algumas ideias com meus alunos essa semana, deu super certo, eles adoraram

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Rafael Moreira

nem tudo serve pra todos, claro, mas teve muita coisa que abriu minha mente... meu sobrinho tem TEA e vi formas novas de interagir com ele

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Rosângela Alves

tem umas partes bem técnicas, mas no geral é tranquilo de entender sim... gostei da parte sobre alimentação sensorial, isso quase ninguém fala

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Douglas Viana

compartilhei com o pessoal do grupo da escola, vale a pena... parabéns pra quem fez esse conteúdo

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Mônica Silva

também mandei no grupo das mães aqui da região, foi super útil principalmente a parte das crises

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